O governador Eduardo
Campos (PSB) já assinou os atos de exoneração dos auxiliares que serão
publicados no Diário Oficial que circulará nesta sexta-feira. Os
secretários Danilo Cabral (Cidades), Geraldo Júlio (Desenvolvimento
Econômico), Sileno Guedes (Articulação Social) e Tadeu Alencar (Casa
Civil) deixarão o governo neste fim de semana.
Os quatro são
filiados ao PSB e cotados para disputar a eleição municipal, seja como
candidato majoritário ou como vice na chapa do senador Humberto Costa
(PT). A decisão socialista de lançar ou não candidato a prefeito do
Recife vai depender das articulações políticas dos próximos dias.
Eduardo Campos condiciona o apoio do PSB ao PT à unidade petista e da
Frente Popular.
Segundo fontes ligadas ao governador, ele não
está satisfeito com o cenário atual. Acha que o desgaste do PT com sua
crise interna afetou o processo eleitoral e pode prejudicar o resultado
final da disputa. Eduardo não quer que a prefeitura da capital
pernambucana deixe de ser comandada por um aliado.
Ou seja,
Humberto Costa está com a difícil tarefa de, em poucos dias, conversar
com todos as lideranças da Frente Popular, como o senador Armando
Monteiro Neto (PTB), defensor de uma candidatura alternativa à
prefeitura, e promover a unidade. E isso significa procurar também o
prefeito João da Costa (PT), que ainda não se pronunciou sobre o que
pretende fazer em relação à decisão do PT nacional de preterí-lo na
disputa.
O presidente municipal do PT, Oscar Barreto, afirmou,
enquanto aguardava João da Costa no aeroporto dos Guararapes, que o caso
ainda não terminou. Outros aliados do prefeito, como o deputado federal
Fernando Ferro, defendem que ele resista à escolha de Humberto.DP