Camila Souza - DP
Adilson Ramos é o destaque da noite de sexta-feira. Fernando Silva/PCR |
Órfãos de uma pista de dança, as 50 mil pessoas esperadas para a 19ª edição do Festival Nacional de Seresta vão ter que negociar um espaço para bailar na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Certo que, nesta quarta-feira, os rostos colados serão raros. No palco, dois dos mais simbólicos grupos dos anos 1960 e 1970, Renato e seus Blue Caps e The Fevers, resgatam clássicos da Jovem Guarda. Confira a programação completa:
O que vai rolar
Jovem Guarda (Leno e The Fevers), quarta-feira, a partir das 20h
Mozart
Pernambucano, Mozart relembra uma época em que “não conseguia andar pelas ruas sem ser abordado”. Intitulando-se precursor de movimentos tidos como ousados para a época, o cantor foi um dos primeiros a utilizar figurinos diferentes em um mesmo show. “Sempre fui muito intuitivo”, diz. Semana que vem, o músico lança o seu sexto CD, só com clássicos de músicas norte-americanas.
Não pode faltar: Banho de lua
Renato e seus Blue Caps
Uma das bandas mais antigas em atividade, Renato e seus Blue Caps acompanhou Roberto Carlos nas gravações de Splish splash e Parei na contra-mão, em 1963. Um ano depois, graças à insistência do Rei e Rossini Pinto, o grupo é contratado pela CBS, lançando um compacto duplo. A essa altura, o grupo já era conhecido nacionalmente. Atualmente com 42 anos de carreira, a banda resiste ao tempo.
Não pode faltar: Menina linda
Anos 1970 (Nadja Maria, Márcio Greyck e Luiz Vieira), quinta-feira, a partir das 20h
Aguinaldo Timóteo
O Recife é a capital mais romântica do Brasil. Não nos fecha a porta nunca”, revela Aguinaldo Timóteo. Ano passado, o mineiro esteve aqui quatro vezes. Para amanhã, ele promete “o melhor show que já fez na cidade”. O público vai ter algumas surpresas. Duas músicas do álbum gospel Minha oração, Se eu pudesse conversar com Deus e Noites traiçoeiras, além de antigos sucessos.
Não pode faltar: Os verdes campos da minha terra
Michael Sullivan
Com músicas regravadas por Tim Maia, Gal Costa, Fafá de Belém e Alcione, o cantor apresenta o seu DVD Na linha do tempo. “Antes de compositor, sou cantor”, avisa. A apresentação gravada em setembro de 2009 no PlayRec Studios (RJ), em estilo intimista, lembra os bares de blues de New Orleans. Por aqui, a intenção é fazer algo semelhante.
Não pode faltar: My life
Noite de bolero (Expedito Baracho, Biafra e Gilliard), sexta-feira, a partir das 20h
Waleska
Em segunda passagem pelo Recife em menos de um mês, Waleska, apelidada por Vinícius de Moraes de “Rainha da Fossa”, traz o seu DVD comemorativo pelos 50 anos de carreira. “Lembrarei histórias da bossa nova e da boemia carioca dos anos 1960 e 1970”, adianta a intérprete.
Não pode faltar: Meu mundo caiu
Adilson Ramos
“Canto o que o público gosta”, admite Adilson. Presença certa no festival, o pernambucano faz uma viagem ao passado durante o show. “São músicas que marcaram a vida do público. Todo mundo canta. O romantismo vai imperar”, espera. Mas a energia e a alegria não saem por baixo.
Não pode faltar: Olga, Leda e Sonhar contigo
Noite das mães (Leonardo Sullivan, Conjunto Pernambucano de Choro, Jane & Herondy), sábado, a partir das 20h
Altemar Dutra Jr .
Além de resgatar a história do pai, Altermar Dutra Jr. busca outros nomes de uma mesma época e geração. No show, há sempre espaço para uma música atual. Recentemente, Marisa Monte foi uma das artistas contempladas no repertório. Este é o sexto festival seguido do artista. “Sempre fico muito honrado em estar à frente de um público tão receptivo”, diz.
Não pode faltar: Sentimental demais e Brigas
Ângela Maria
Depois do CD Amigos - com a participação de artistas como Roberto Carlos, Gal Costa, Caetano Veloso, Alcione, Fafá de Belém, gravado em 1996 - Ângela apresentou o álbum Pela saudade que me invade, com sucessos de Dalva de Oliveira. Em 2003, gravou Disco de ouro abrangendo compositores que vão de Djavan a Dolores Duran. No Festival Nacional de Seresta, o show contempletará todas estas fases.
Não pode faltar: Ex-amor e Babalu