Por Miguel Rios - NE 10
Em tempos de Copa das Confederações, verde e amarelo mesmo só se for nos artigos vendidos por algumas lojas das principais ruas comerciais do Centro do Recife. Diferentemente de outras edições do torneio, que serve como teste para a Copa do Mundo do ano seguinte, a sensação que se tem, depois de uma caminhada pelas ruas, é que o evento não pegou.
Em diversos estabelecimentos, não há, se quer, um só produto que faça alusão ao Brasil na disputa da competição de futebol. “Esse ano, foi muito fraco mesmo. Comecei a trabalhar aqui um ano antes da Copa de 2010 e o envolvimento dos lojistas e do público era muito maior. Acho estranho porque era para a empolgação ser dobrada, já que o nosso Estado foi escolhido para ter jogos do evento”, opinou a vendedora Conceição Vital.
Dono de um estabelecimento especializado em artigos para festas e decoração há 10 anos, o empresário Átila Romero decidiu não fazer tantos investimentos para o período, principalmente, por causa da curta duração da Copa das Confederações. “O povo também não está muito motivado e isso acaba se refletindo no nosso planejamento de compras. Para não dizer que não comprei nada, aproveitei que o evento acontece no período junino e botei fogueirinhas, bandeirinhas e balões em verde e amarelo à disposição do público”, contou.
Nas lojas do RioMar Shopping, algumas poucas lojas de artigos esportivos decoram suas vitrines com as cores e temas do torneio. O adorno mais usado é a Cafusa, bola oficial da Copa das Confederações, como é o caso da Paquetá Esportes. “A competição ajudou um pouco nas vendas, cerca de 30%. Mas acho que vai melhorar, já que o pessoal estava meio desconfiado com o desempenho da seleção brasileira”, comentou o coordenador de vendas da loja, Daniel Gazzi.
