A greve foi considerada abusiva por unanimidade. Reajuste segue em votação
Foto: Mariana Dantas/NE10
Do NE10Com informações das repórteres Mariana Dantas e Marília Banholzer, direto do l
Depois de quase dois dias de paralisação, a Justiça determina o fim o fim a greve dos rodoviários nesta terça-feira (2). O julgamento do dissídio coletivo foi presidido pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Ivanildo Cunha, na sede da 6ª região do órgão, no Cais do Apolo, Centro do Recife. Os 14 desembargadores presentes, acompanhados da relatora do caso, a desembargadora Daisy Anderson Tenório, consideraram a greve abusiva por unanimidade. Depois de 11 votos a favor e 3 contra, foi fixado um reajuste salarial de 7%, proposto pela relatora. Com a decisão, os salários ficam estabelecidos em R$ 1605,00 (motorista), R$ 1.037,90 (fiscal) e R$ 738,30 (cobrador).
A Justiça analisou duas opções de reajustes: 7%, levando em consideração a inflação de 2012, e 9%, adicionando também o PIB (Produto Interno Bruto) pernambucano a partir da data base do último aumento da categoria, em julho do ano passado. No entanto, os desembargadores julgaram não haver indicativos para determinar 9% de aumento, já que, segundo a relatora, os salários reajustados em 7% ficam equiparados aos vencimentos da categoria em outros estados do Nordeste.
Logo após a decisão pelos 7% de reajuste, parte dos trabalhadores de que acompanhavam o julgamento saíram da sala revoltados e gritando que o percentual era uma vergonha. Assim que a reunião terminou, a Oposição Rodoviária se reuniu no estacionamento do TRT para debater os rumos do movimento paredista, que por sua vez não garante o retorno dos trabalhadores às ruas.
Os desembargadores também votaram a favor da irregularidade de paralisações nos dias 14 de junho e 1º de julho, por falta de aviso prévio à população e também ao patronato, que poderá descontar estes dias dos salários dos rodoviários.