Uma comissão formada por oito representantes sindicais da Força Sindical, Nova Central, CUT, CTB e UGT entregaram na manhã desta terça-feira (06/08), documento oficializando a posição contrária das centrais sindicais a aprovação do Projeto de Lei 4330/2004, que propõe a legalização da terceirização dos trabalhadores pelas empresas. Após ato público na frente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, os dirigentes sindicais foram recebidos por cinco representantes da Fiepe, entre eles os vice-presidentes Oscar Rache e Aurélio Nogueira.
“A terceirização ele tem proporcionado um número grande de informalidade. Tem também oprimido de uma forma significativa os baixos salários. Existe também a questão do trabalho escravo. É uma série de problemas que ela traz, ela não condiz com o trabalho descente”, complementou o diretor de relações sindicais da Força Sindical, Ricardo Marques, após a reunião.
Já o segundo oficio solicita uma reunião com todos os parlamentares da bancada pernambucana na Câmara. Os documentos foram assinados pelos representantes das centrais e encaminhados aos gabinetes dos congressistas em questão por correio com aviso de recebimento.O ato faz parte do conjunto de manifestações em todo o país dentro da pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
PL - O projeto em tramitação no Congresso Nacional relatado pelo deputado Arthur Maia altera a legislação trabalhista possibilitando que as empresas também terceirizem a mão de obra para atividades consideradas como fim, que são as que constituem o objetivo para o qual a empresa foi criada. A legislação atual proíbe este tipo de prática só admitida em situações especificas e justificadas, de forma não continuada e quando não podem ser atendidas por profissionais do próprio quadro da empresa.
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Jornalista responsável: Fernando Fagundez