Presidente do Supremo acusou o Itamaraty de ser “uma das instituições mais discriminatórias do Brasil” (Foto: Reprodução/Internet)















Em entrevista a Miriam Leitão, em O Globo, no último dia 28 de julho, o ministro do STF, Joaquim Barbosa, acusou o Itamaraty de ser “uma das instituições mais discriminatórias do Brasil”.
Barbosa afirmou na entrevista que depois de passar nas provas escritas para a carreira diplomática, foi barrado por racismo nas provas orais. No exame psicotécnico, feito no dia 7 julho de 1980, a questão da cor de fato aparece no relatório.
De acordo com uma notícia publicada na coluna Radar, de Veja, o avaliador da época informou que o ministro “tem uma auto-imagem negativa, que pode parcialmente ter origem na sua condição de colored”. Não satisfeito, ainda disse que suas atitudes eram agudas demais para alguém da carreira diplomática.
Barbosa enfrentou ainda uma banca em que cinco diplomatas deram notas inclusive para a sua aparência – descrita como “regular”. Alguns desses diplomatas são hoje embaixadores.
Desde meados dos anos 80 as provas do Itamaraty são apenas escritas. As provas orais começaram a ser feitas no final dos anos 70, por conta da Ditadura Militar. Os exames tinha como objetivo detectar “subversivos” e a condição sexual dos candidatos.