III Edição do Forró na Chácara em Vicência!

III Edição do Forró na Chácara em Vicência!
Chácara Dornelas - 04 de Maio - 22 horas!

domingo, agosto 04, 2013

O ACÚMULO QUE EMPOBRECE

O evangelho deste domingo questiona nossa realidade socioeconômica brasileira: a concentração da riqueza nas mãos de poucos. O desejo de acumular se faz presente em homens e mulheres. Todos, ou quase todos, queremos sempre mais. A sede de possuir parece não ter fim. Jesus não despreza nem contesta a riqueza em si, mas a forma como é vista, usada e concentrada.
Diz certo ditado registrado nos muros de nossas cidades: riqueza partilhada é adubo de vida abundante para todos, e riqueza concentrada é sinal de morte para muitos. O ditado tem fundamento: quando a riqueza é distribuída, favorece a vida de toda uma nação; ao passo que, quando está concentrada e não é investida ou aplicada, muitos acabam passando necessidades. A preocupação dos governantes deve ser justamente se empenhar para que a riqueza seja distribuída e favoreça a vida de todos, e não apenas de uma minoria.
Para muitos, o dinheiro é tudo – por crerem que sem ele não se pode fazer nada. “O dinheiro dá ao homem a segurança, a possibilidade de fazer tudo. Desencadeia-se então o mecanismo da acumulação; o dinheiro nunca é demais, torna-se idolatria. Quando o dinheiro se torna o próprio deus, está-se disposto a tudo para obtê-lo. A sede do dinheiro opõe o homem ao homem. Se cada um procura ter mais, o outro se torna concorrente a superar ou a eliminar” (Missal Dominical, p. 1.196).
O papa Paulo VI dizia: “A busca exclusiva do ter forma um obstáculo ao crescimento do ser e opõe-se à sua verdadeira grandeza: tanto para as nações como para as pessoas, a avareza é a forma mais evidente do subdesenvolvimento moral” (PP 19).
A atual crise que o mundo está atravessando consiste numa “crise de ambição”: os países ricos, obedientes à lógica da acumulação e da busca do máximo de bem-estar e prazer, enquanto muitos afundam na miséria, de repente veem suas seguranças cair por terra. Essa crise pode ser vista como um “sinal dos tempos”, o qual deve ser lido à luz do evangelho.
Pe. Nilo Luza, ssp