Da Redação
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) lamentou, nesta terça-feira (5),
as mudanças feitas no projeto original do Canal do Sertão, obra de
infraestrutura hídrica que levará água potável para os diversos
municípios do Sertão do Araripe (PE).
Ele enfatizou a importância do empreendimento para os mais de 500 mil
habitantes da região que sofrem com a estiagem do semiárido
nordestino. A obra, segundo o senador, é um das soluções de caráter
estrutural para o combate da estiagem.
- O Canal do Sertão pernambucano representa uma oportunidade ímpar de
interiorização do desenvolvimento para o sertão do Araripe. E é sem
dúvida um antigo anseio da população da região, sendo inclusive motivo
de música, cantada em versos, pelo filho ilustre da terra, o nosso
saudoso Luiz Gonzaga – destacou.
O senador explicou que, no mês de outubro deste ano, a Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)
publicou edital que modificou o projeto original do Canal do Sertão e
retirou várias cidades da região desse projeto de irrigação.
Armando Monteiro defendeu a manutenção do projeto em seu formato
original e destacou que a conclusão desse empreendimento representaria
um verdadeiro vetor de desenvolvimento para a região, por meio da
disponibilização de recursos hídricos em uma área com terras férteis e
propícias para irrigação.
- Se antes tínhamos a possibilidade de uma área de irrigação de cerca
de 110 mil hectares de terras, conforme previsto no PAC 2, a atual
concepção chega a pouco mais de 33 mil hectares, incluindo apenas os
municípios de Petrolina, Santa Cruz, Dormentes e Santa Filomena.
Portanto, deixando ao largo áreas de terras irrigáveis de elevada
fertilidade na região do Araripe e também do Sertão Central – lamentou.
Armando Monteiro ressaltou que a região do Araripe possui um enorme
potencial produtivo e, com o Canal do Sertão em sua inteireza, poderia
se transformar em uma nova fronteira agrícola, com a produção de frutas,
legumes e hortaliças e cana-de-açúcar.
- Além disso, a disponibilidade de água garantiria a expansão da
atividade pecuária e daria uma maior segurança aos produtores. Mesmo com
a escassez de um ciclo regular de chuvas, essa região é a terceira de
Pernambuco na produção leiteira. Entretanto, em função da recente e
forte estiagem, milhares de animais morreram de fome na região por falta
de alimentos – acrescentou.
Com informações da Agência Brasil