quarta-feira, novembro 20, 2013

Vicência e Nazaré da Mata recebem a Mostra Canavial

Imagem inline 1
Crédito da foto: Raphael Malta Clasen

A Mostra Canavial de Cinema continua o seu circuito de exibições e chega a Vicência e Nazaré da Mata. Nesta quinta (21) e sexta (22), a Vila Murupé (Rua Agrovila da Vitória), em Vicência, recebe a programação de 13 curtas voltados para o tema do patrimônio e memória.  Em Nazaré, o Assentamento Camarazal (Pátio em frente a Igreja Católica) sediará o evento no sábado e domingo (23 e 24/11).

É com mobilização e expectativa que Vicência, a terra dos engenhos recebe a 3ª edição do evento. “A região é carente de cinemas, teatros e outros equipamentos culturais, por isso a Mostra Canavial de Cinema foi bem aceita aqui. E já tem muita gente perguntando quando vai acontecer de novo”, conta a coordenadora da Associação dos Filhos e Amigos de Vicência, Joana D`Arc.
Localizado a 87 km do Recife, Vicência tornou-se autônomo de Nazaré da Mata em 1928. Hoje, possui quatro Distritos ligados a ele: Angélicas, Trigueiros, Borracha e Murupé, que abrigará pelo segundo ano as exibições ao ar livre da Mostra Canavial de Cinema. “Em 2012 passamos um filme que foi filmado lá e isso juntou muita gente. O interessante não foi o quantitativo, mas ver a relação das pessoas com ele”, comenta o diretor do evento, Caio Dornelas.
Marcada pelo cultivo da banana e da cana de açúcar, Vicência tem grande importância histórica e cultural para Pernambuco. É lá que se encontra o Engenho Poço Comprido do século XVIII, tombado em 1962 pelo IPHAN. Transformada em museu, há 10 anos a construção conta com a gestão da Afav, que promove uma série de ações culturais e educacionais na região. “Tentamos fortalecer atividades que já existem como a rabeca, o cavalo marinho, a capoeira e o maracatu rural através de oficinas. Também conseguimos reabrir a Escola Cultural Canavial, que estava fechada há anos”, explica Joana D`Arc.
Morador da Vila Murupé e presidente da Afav, Sebastião Saraiva conta que o local é muito humilde e já passou por várias fases. "A importância da Mostra Canavial de Cinema é suprir a questão cultural dessa comunidade que é carente de educação e de atividades voltadas para a arte", comenta. Ele conta que o lugar já foi tribo indígena e reduto de lazer para abastados senhores de engenho. 
O nome Murupé é fruto da junção das palavras Sapê (um tipo de capim usado pelos índios) e Murupi (uma pimenta típica do local). É neste lugar que se localiza o Engenho do Poço Comprido, um dos maiores ícones da arquitetura colonial no Brasil, pois a vila existe antes da fundação da cidade, que foi intitulada a partir do nome da senhora Vicência Barbosa de Melo. Conta-se que ela hospedava viajantes que se deslocavam pela região. A cidade também conta com várias atividades turísticas e tem geografia marcada por serras e cachoeiras.
Serviço: Mostra Canavial de Cinema
Quando: de 8 de novembro a 01 de dezembro
Onde: Goiana, Condado, Vicência, Tracunhaém, Carpina, Timbaúba, Aliança e Nazaré da Mata
Entrada franca

Informações para a imprensa:
André Dib
Núcleo Base Comunicação
(81) 3031-0352 / 9675-6252
MOSTRA OFICIAL

Do canavial para o mundo (108’)
Malunguinho, de Felipe Peres Calheiros, 15’
A queima, de Diego Benevides  13’ Urânio Picuí, de Antônio Carrilho e Tiago Melo, 15’ Cícero, de Joana Andrade, 5’
Pausas Silenciosas, de Mariana Lacerda, 18’
A morte do rei de barro, de Marcos Buccini e Plínio Uchôa, 4’10
Zé Mateu, de Vilmar Gomes e André Pina, 6’15
Janela molhada, de Marcos Enrique Lopes, 22’

Do mundo para o canavial (107’)
Galinha d'Angola, de Daniel Salariori, 11’
O Canto da Lona, de Thiago Mendonça, 25’ No interior da minha mãe, de Lucas Sá, 17’
O que tenho, lembro, de Rafhael Barbosa, 19’ A que deve a honra da ilustre visita este simples marquês?, de Rafael Urban e Terence Keller, 25’