sexta-feira, novembro 07, 2014

Usina Cruangi pode voltar a funcionar como ocorreu com a Pumaty

Os credores da usina Cruangi, localizada em Timbaúba na Zona da Mata pernambucana, fechada desde 2013, aprovaram em assembleia geral, nesta sexta-feira (7), no Tênis Clube do respectivo município, a permissão de arrendamento da unidade industrial para cooperativas de produtores de cana. A usina está em recuperação judicial, por esta razão, a decisão dos credores, mesmo sendo soberana, aguarda a homologação do juiz da Comarca de Timbaúba, José Gilberto. A decisão dos trabalhadores, bancos, empresas e dos canavieiros, que esperam pagamento de dívidas da Cruangi e está em sintonia com o plano de recuperação judicial da usina, visa dar chance à unidade reabrir, visando a quitação dos créditos. Esta semana, outra usina em recuperação judicial (Pumaty, em Joaquim Nabuco) retomou o funcionamento, após posição judicial favorável.    

“A decisão da assembleia geral de credores visa uma única questão que é o recebimento dos passivos da Cruangi” avalia Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). Só a dívida com os agricultores chega ao montante de R$ 5 milhões em cana fornecida para a unidade em safras anteriores. O dirigente explica que a reabertura da usina solucionará o pagamento dos credores. Há um projeto no governo estadual, defendido pela AFCP e pelo Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado, que foi apoiado pelo ex-governador Eduardo Campos este ano, onde o Estado financiaria o arrendamento de Pumaty e de Cruangi por cooperativas de canavieiros.  Lima conta que este mesmo projeto foi apresentado ao então candidato ao governo Paulo Câmara – atual governador eleito em Pernambuco. 

PUMATY
A Usina Pumaty, localizada no município de Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul, fechada desde 2012 e em recuperação judicial, voltou a funcionar nesta quinta-feira (6). A reabertura da unidade só foi possível por conta da sentença judicial em favor da Cooperativa do Agronegócio de Cana- de-Açúcar, que solicitou há dois meses o seu arrendamento para evitar maiores prejuízos aos canavieiros, já que outras usinas fecharam as portas este ano e eles não teriam a quem oferecer suas canas. A AFCP estima que haveria um excedente de mais de 800 mil toneladas de cana.
Robério Coutinho 
Assessoria de Imprensa da AFCP